Conheci certa vez um menino diferente
Era o Duda, 8 anos
Ele tinha os dentes tortos
Meio de um lado e meio do outro
O cabelo lambuzado de gel
Meio do outro e meio de lado
E ria esquisito
Desengonçado
Era como se tivesse
Uma sanfona no lugar do pulmão
E um pequeno pardal
No lugar do coração
Vivia ganhando no torneio de bola de gude,
que os meninos da rua faziam
Vivia a sorrir com suas pequenas conquistas
E tinha uma coleção secreta de alegrias
Ele também gostava de futebol
De correr até não aguentar mais
E de colorir gibis e revistas
Só que era pequeno e não gostava disso
Era o menorzinho da sua turma na escola
E cá entre nós,
Também era: o mais marrentinho
Sua Nona lhe dizia: Duda,
Tudo que é grande, começa pequeno.
Mas ele não entendia.
Seu pai lhe dizia: Duda,
Você tem que aproveitar enquanto pode.
Mas ele também não entendia
Sua mãe lhe dizia: Duda,
Vamos tomar Biotônico Fontoura.
Mas ele continuava sem entender.
O mundo era um lugar grande
E ele começou só agora a ler
Quantas coisas injustas
Ainda teremos que ver?
Pensou, mas nada disse.
Foi então que uma menina nova
mudou pra sua rua
Seu nome era Clarisse
e gostava de comer cenoura crua.
Ela era boa no torneio de bola de gude,
no futebol e na corrida.
Isso é injusto, reclamou um dia,
Você é uma menina!
Clarisse disse: Quero ser muito alegre
Para não ficar doente mais
Quero aproveitar tudo da vida
Ser leve, ser forte e tenaz
- Vamos ser amigos? Posse te ensinar a desenhar?
Clarisse falava coisas bonitas
E sempre deixava seu novo amigo pintar
suas historias rabiscadas e destemidas
E ficavam sempre os dois juntos
Nas tardes de sábado:
livres e leves a brincar com o ar
A alegria cura, aprendeu Duda
E ele ficou tão alegre
Que ficou grande
Não por fora
Isso seria muito comum para um menino como ele
Duda, ficou bem grande dentro de si
Um lugar firme e seguro
Que as vezes visito
Em mim
Era o Duda, 8 anos
Ele tinha os dentes tortos
Meio de um lado e meio do outro
O cabelo lambuzado de gel
Meio do outro e meio de lado
E ria esquisito
Desengonçado
Era como se tivesse
Uma sanfona no lugar do pulmão
E um pequeno pardal
No lugar do coração
Vivia ganhando no torneio de bola de gude,
que os meninos da rua faziam
Vivia a sorrir com suas pequenas conquistas
E tinha uma coleção secreta de alegrias
Ele também gostava de futebol
De correr até não aguentar mais
E de colorir gibis e revistas
Só que era pequeno e não gostava disso
Era o menorzinho da sua turma na escola
E cá entre nós,
Também era: o mais marrentinho
Sua Nona lhe dizia: Duda,
Tudo que é grande, começa pequeno.
Mas ele não entendia.
Seu pai lhe dizia: Duda,
Você tem que aproveitar enquanto pode.
Mas ele também não entendia
Sua mãe lhe dizia: Duda,
Vamos tomar Biotônico Fontoura.
Mas ele continuava sem entender.
O mundo era um lugar grande
E ele começou só agora a ler
Quantas coisas injustas
Ainda teremos que ver?
Pensou, mas nada disse.
Foi então que uma menina nova
mudou pra sua rua
Seu nome era Clarisse
e gostava de comer cenoura crua.
Ela era boa no torneio de bola de gude,
no futebol e na corrida.
Isso é injusto, reclamou um dia,
Você é uma menina!
Clarisse disse: Quero ser muito alegre
Para não ficar doente mais
Quero aproveitar tudo da vida
Ser leve, ser forte e tenaz
- Vamos ser amigos? Posse te ensinar a desenhar?
Clarisse falava coisas bonitas
E sempre deixava seu novo amigo pintar
suas historias rabiscadas e destemidas
E ficavam sempre os dois juntos
Nas tardes de sábado:
livres e leves a brincar com o ar
A alegria cura, aprendeu Duda
E ele ficou tão alegre
Que ficou grande
Não por fora
Isso seria muito comum para um menino como ele
Duda, ficou bem grande dentro de si
Um lugar firme e seguro
Que as vezes visito
Em mim
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